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Oposição fala : Foi mais gente do que esperávamos. Veja fotos dos Estados.

(Foto Reprodução Vídeo telejornal dos USA)
O número de pessoas que saíram neste domingo à rua para protestar contra Dilma Rousseff e o seu Partido dos Trabalhadores (PT) ultrapassou todas as expectativas, incluindo as inicialmente avançadas pelos movimentos conservadores que agendaram as manifestações. Às 19h portuguesas (menos três horas no Brasil) a Polícia Militar estimava que só em São Paulo, na Avenida Paulista, se reuniam mais de um milhão de pessoas.

Fontes não identificadas do Governo de Dilma, citadas pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, estimavam inicialmente que em São Paulo saíssem 100 mil pessoas à rua. No início do dia, o jornal Estado de São Paulo fazia referência a um "gabinete de crise" que teria sido montado pelo Governo para acompanhar os protestos.

Os principais protestos já terminaram em Brasília, onde as autoridades contaram 40 mil manifestantes, e no Rio de Janeiro, onde a polícia aponta para 500 mil. Para além de Brasília, a Polícia Militar estima que os maiores protestos tenham acontecido em Belém, Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo, e em Belo Horizonte. 

(Brasilia)

Num vídeo publicado na sua página do Facebook, o líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e principal opositor de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, Aécio Neves, declarou que este dia 

"15 de Março vai ficar lembrado para sempre como o Dia da Democracia". 

Aécio disse ainda que decidiu não participar nas manifestações por entender que o "povo brasileiro" deveria ser o principal protagonista. O líder do PSDB fora já avistado na janela do seu apartamento, no Rio de Janeiro, vestido com a camisa da seleção nacional do Brasil. Vários manifestantes vestiam neste domingo t-shirts onde se lia "Eu votei Aécio", "Fora PT" ou "Fora Dilma.

As mais ouvidas palavras de ordem exigiam a saída de Dilma e acusavam a Presidente do Brasil e o PT de corrupção, aludindo à proximidade de ambos ao alegado escândalo de corrupção na Petrobras, atualmente a ser investigado pelo Ministério Público. Os manifestantes afirmam ainda estarem contra a inspiração socialista do Governo brasileiro. Várias faixas alegavam que o PT está a arrastar o Brasil para um plano político semelhante ao de Cuba.


(São Paulo)

(Rio de Janeiro)

(Rio de Janeiro)

(Av. Paulista - São Paulo)

(Brasilia)

(Manaus)

(Rio de Janreiro)

(São Paulo)

(Manifestante - São Paulo)
(Brasilia)

Com efeito, mais do que o pedido de impeachment, as ruas pareceram hoje ter exigido a saída de Dilma Rousseff do poder, sem para isso se basearem nesse instrumento legal. A figura do impeachment no atual contexto brasileiro suscita sérias dúvidas. Caso fosse esta a principal reivindicação, os protestos deste domingo arriscavam-se a perder alguma substância. 

Na cobertura ao vivo feita pelos jornais brasileiros O Globo e Folha de São Paulo, saltaram à vista, porém, vários cartazes a pedirem uma intervenção militar. Entre os grupos conservadores que apelaram às manifestações deste domingo inseriam-se também, com menos apoio popular, vários grupos de inspiração militarista e outros próximos da extrema-direita. Para além de críticas à política de esquerda do Partido dos Trabalhadores, surgiram nos jornais e nas redes sociais várias imagens de movimentos a apelarem a um golpe militar no Brasil.