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| (Foto : G1 esporte) |
Alexandre Barroso caiu e o técnico, em nenhum momento, se mostrou abatido pela sequência de nove partidas sem vitória à frente da equipe, muito menos disse guardar rancor da decisão da diretoria do clube. Afinal, ele acredita que a imagem permanecente não é seu semblante preocupado exibido recentemente, mas sim a feição de um Barroso que fez história como treinador do clube de Cabo Frio.
O acerto da Cabofriense com o comandante foi anunciado no dia 23 de novembro de 2013. Na época, o Tricolor Praiano havia acabado de levar o título da Série B do Campeonato Carioca e a garantir, por consequência, uma vaga na elite do ano seguinte. Um pacote generoso de reforços foi contratado, incluindo nomes como Luizão, Gladstone, Artur Sanches e Fabrício Carvalho. Mesmo assim, o objetivo passado pela diretoria, a princípio, foi apenas um: não voltar para a Segunda Divisão.
Barroso fez mais. Muito mais. Surpreendeu até o torcedor mais otimista ao montar uma equipe que foi imbatível em casa na competição. O resultado disso tudo foi uma campanha histórica, a melhor do clube na história do Carioca: o quarto lugar. As três derrotas consecutivas para o Flamengo, duas pelas semifinais, não apagaram o feito, acredita ele.
O fato histórico permanece. Não vou mentir, mas também não vou contar a história toda. Quando cheguei, a maior ambição era não cair. Me disseram "olha, a pontuação para não cair é 13 pontos". O que eu achei normal para uma equipe com um histórico de sobe e desce. Depois, me disseram que a Cabofriense nunca tinha ganhado o Vasco em São Januário. Ganhamos do Botafogo, não ganhamos do Fluminense por detalhe. Quando olharem para trás, vão pensar "quem fez?". "Ah, era o Alexandre Barroso que estava à frente". Isso é um legado - destacou o treinador.
A demissão aconteceu de maneira serena. Ele dirigiu o treino da manhã desta terça-feira, no Estádio Correão, normalmente. No fim, foi chamado pelo presidente Valdemir Mendes, que comunicou seu desligamento. A expectativa do clube é anunciar um novo técnico já nesta quarta-feira.
- O presidente foi super cordial, me contou das enormes dificuldades que ele está tendo, de ordem financeira. Ele está praticamente levando sozinho esse time. E eu entendi perfeitamente. Acho que ele está plenamente no direito dele. Chegamos a um acordo, aquela relação trabalhista, e terminamos uma relação profissional - explicou.
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