Mas ainda existem aqueles para quem esse fator não seja ação de política social.
Por isso é que, se pararmos um pouco e meditarmos, voltados para a História, poderemos concluir a razão pela qual, talvez, ideologias brilhantes, na hora do “ver para crer”, apresentam resultado aquém do previsto, deixando os seus mais nobres idealistas frustrados. Por quê? Porque faltou Solidariedade no coração de alguns dos seus executores. Isso para não falar em Caridade, poderoso sentimento que soberanamente envolve todos os demais. (...) Há os que até agora a consideram delírio de “desvairados” religiosos ou místicos “impostores”. Binet-Sanglé (1868-1941), autor de A loucura de Jesus, de certa forma pensava assim. Hoje, na Vida Espiritual — onde fatalmente caem as escamas que ensombrecem o entendimento dos Assuntos Divinos enquanto permanecemos na carne — pode estar revendo seus conceitos.
Sem Solidariedade e sem espírito de Caridade, estratégias de Deus, ninguém irá para a frente. O tempo mostrará aos mais céticos (...). Um dia serão quesitos fundamentais da Política (com P maiúsculo).
José de Paiva Netto
Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
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