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Prefeitura é invadida e funcionários ficam assustados

Contratados pela Prefeitura de Cabo Frio, que na manhã desta terça-feira dia 10, invadiu a sede do governo, promovendo quebra-quebra e jogando lixo na recepção. O motivo foi os salários atrasados. 
A situação, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Cabo Frio (Sindicaf), Oney Viana, fugiu do controle e, como ele mesmo afirmou, “o pessoal perdeu a cabeça”.

Os atos de vandalismo não foram incentivados pelo sindicato, de acordo com Oney. Os sindicalistas, junto com outro grupo de contratados, aguarda uma posição do governo sobre a regularização dos salários. 

Cinco viaturas da Guarda Municipal, além do Grupamento de Ações Táticas (GAT) da Polícia Militar estão em frente ao Palácio Tiradentes. Por volta das 10h15, o governo anunciou que o pagamentos dos funcionários da limpeza foi depositado.

 Outro equipe foi para frente da câmara dos vereadores pois manifestantes
 informaram que era para lá que todos se dirigiam. 

Ao invadir a recepção da Prefeitura, os manifestantes chegaram a derrubar a bancada e quebrar vidros, além de espalhar lixo pelo local. 

Os funcionários das secretarias ficaram assustados. Muitos se refugiaram em salas no segundo andar, outros deixaram o prédio, até que a situação seja controlada.

Os manifestantes são da área da limpeza. Um grupo de professores contratados também estava no local. 

A maior reivindicação, segundo o Sindicato, é a regularização dos salários. De acordo com Olney Viana, desde o início do ano, os vencimentos têm sido pagos com atrasos ou faltando alguma parte. Além disso, o vale transporte também não tem sido pago pela Prefeitura com regularidade. Alguns funcionários, ainda segundo o sindicato, chegaram a ficar três meses sem receber o vale transporte.

De acordo com os manifestantes, todo o setor de limpeza urbana de Tamoios, segundo distrito de Cabo Frio está parado nesta terça-feira.

Representantes do Sindicato dos Profissionais da Saúde (Sindisaúde) também estão no local. De acordo com eles, os salários dos funcionários do setor foram depositados desfalcados. Segundo os sindicalistas, foram depositados os vencimentos nas contas dos servidores, mas nos mesmos estavam faltando R$ 200, R$ 300 e até R$ 400.

Uma comissão de sindicalistas e representantes dos servidores contratados vão se reunir com o procurador geral do município, na tentativa de entrar em acordo e acabar com o protesto. 

"Vamos pegar um funcionário de cada setor: Limpeza, Postura, professores, Sindcaf e Sindisaúde e vamos discutir a situação dos salários atrasados e dos pagamentos que entraram faltando. Não saímos daqui enquanto a situação não se regularizar", disse Oney Viana.

Um funcionário da limpeza, que preferiu não se identificar, informou que está há cinco meses sem pagamento. 

"Estou sem receber há cinco meses. Meu nome está no SPC e não tenho dinheiro para comprar comida", disse o contratado.

O protesto segue em frente à Prefeitura mas foram para a câmara dos vereadores. Os manifestantes pretendem pressionar os vereadores, na tentativa de obter apoio com relação à causa.

Nas escolas municipais do Jardim Esperança, os professores contratados compareceram ao trabalho, mas não entraram nas salas de aulas. Os alunos foram dispensandos às 9h. Os professores seguem nas unidades escolares, de braços cruzados. O Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) está percorrendo as escolas para levantar a adesão ao protesto desta manhã.

Segundo alguns professores, que preferem não se identificar, até mesmo os salários dos concursados faltando, pelo menos, 20% do valor total. Além dos salários, a situação da merenda escolar também preocupa. Até o momento não foi repassado o dinheiro para as escolas comprarem alimentos. Sem dinheiro e sem ter como negociar com fornecedores, as direções das escolas, estão avaliando como proceder. Algumas já cogitam a possibilidade de dispensar os alunos na semana que vem.



Fonte : RC24
Fotos : Facebook