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Trinta e cinco municípios aderem à paralisação. Cabo Frio foi a única na Região dos Lagos

Trinta e cinco dos 92 municípios do Estado do Rio aderiram à paralisação dos serviços públicos não essenciais por 24 horas, nesta segunda-feira. 

O movimento é um protesto contra o que as prefeituras chamam de “estrangulamento econômico” imposto pela redução nos repasses de recursos federais e estaduais.

Entre as cidades que vão parar estão Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana, e Itaboraí, na Região Metropolitana e na Região dos Lagos somente Cabo Frio aderiu a paralisação. 

Menos atingida pela crise, por conta dos investimentos recebidos para se preparar para os Jogos Olímpicos de 2016, a Prefeitura do Rio não aderiu ao movimento, apesar de pertencer à Associação Estadual de Municípios (Aemerj), que organiza o movimento.

Escolas, postos de saúde com atendimento ambulatorial e coleta de lixo em algumas localidades deverão ser atingidos, além de toda a área administrativa das prefeituras. Serviços essenciais, como atendimentos de urgência e emergência em saúde, segurança, ordem pública e mobilidade urbana, deverão ser mantidos.

Para o presidente da Aemerj, os prefeitos já fizeram os cortes pontuais que podiam, incluindo horas extras e combustível, redução de contratos com fornecedores e do próprio salário, bem como do secretariado. 

“Só que isso não está sendo suficiente. Nós estamos ficando em uma situação insustentável na administração municipal.”Fala um dos prefeitos que aderiram a paralisação. 

Nossa equipe entrou em contato com todas as Prefeituras da Região dos Lagos onde somente a Prefeitura de Cabo Frio aderiu a paralisação. As demais Prefeituras estavam trabalhando normalmente, não que isso se trate de não concordar com o manifesto. 

A Secretária de Comunicação da cidade de Araruama. Fernanda Pinto, falou com nosso equipe por telefone. 

"Miguel Geovane é a favor do manifesto, mas a prefeitura de Araruama não aderiu a paralisação. O Prefeito decidiu que, mesmo sendo uma paralisação de 24 horas, prejudicaria a população. Não aderir a paralisação não quer dizer que ele não concorda com as reivindicações pleiteadas pelo grupo" falou Fernanda Pinto.

Encontro com Cunha dia 29

Na terça-feira, um grupo de prefeitos tem encontro em Brasília com o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. A ideia é levar uma pauta de reivindicações para encaminhamento ao governo federal. 

“Não adianta pedir dinheiro porque vamos voltar de pires vazio, mas temos propostas para aumentar os repasses”, disse Zanon. Uma das ideias é que o governo reduza o comprometimento da arrecadação para pagar dívidas. 

“Não é pedir para o governo dar calote na dívida, mas reduzir esse percentual, que hoje é de 43%, para 40% por exemplo e repassar esta parcela para os municípios nesse momento de dificuldades”, destacou Anderson Zanon.

Outro pleito é que a iluminação pública fique fora do critério de bandeiras tarifárias, medida adotada pelo governo para estimular a economia de energia elétrica com a crise hídrica. 

“Para o consumidor residencial, é mais fácil reduzir o consumo e pagar menos na conta de energia. Mas na iluminação pública, não tem como economizar. Só se apagar as luzes da cidade. Aí, entra a questão da segurança”.

Nossa equipe, por telefone, não obteve informação se todos os prefeitos da Região dos Lagos também estariam com viagem marcada para Brasilia indo com o grupo ao encontro com o presidente da Câmara Federal.


Texto : JRO
Foto   : O Dia