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Bom dia com Ariel Villanova - "Todo veiculo de comunicação é corruptível"

Amigos de todos os dias muito bom dia. Hoje em nosso espaço falarei de outra polêmica que muitos não gostam de falar. Passando ou passeando pela internet, me deparei com uma notícia que falava sobre uma sessão no Tribunal Superior Eleitoral, quando sete ministros do TSE julgavam mais um caso. 

Mas o tema central da sessão, que parecia jogo na Televisão com dois tempos, foi mesmo a liberdade de imprensa. 

KKKK, liberdade de imprensa, gente ela não existe nos veículos de comunicação.

Bom voltemos a sessão. Era Vossas Excelências para lá, Vosso Excelências pra cá (acho que viciei no termo, depois de ouvi-los tanto) demonstraram acreditar na liberdade de imprensa. Da forma como falaram a respeito, lembrei os tempos de ditadura, em que meu pai e meu avô falavam, época em que, na minha opinião, houve, de fato, liberdade de imprensa, os diretores e donos de veículos de comunicação deixavam falar. 

Hoje, o que existe é troca de favores ou o mais conhecido "Jabá com Jerimum" . 

Vossas Excelências do TSE estais enganados quanto ao fato de “não haver cooptação (que palavrão horroroso!) dos meios de comunicação”- falava um dos advogados. 
Nem sempre a ‘moeda’ utilizada é a reconhecida oficialmente. Na verdade, o escambo é a ‘moeda’ dos corredores da comunicação. Quem dá mais, leva – e, às vezes, não é dinheiro, mas sim, o ‘poder’ ilusório, efêmero. - dizia outro advogado na qual eu concordo.

Ah, lembrei agora, durante a sessão que lia, até um advogado citou a palavrinha ‘peremptoriamente’, (acredite! misericórdia ).

Bom Amigos, sobre a liberdade de imprensa, acho que posso falar livremente, já que sou profissional no setor de comunicação a muitos anos, e nunca fiz outra coisa na vida. 

Liberdade de imprensa é utopia. Em todos os meios de comunicação (rádio, TV, jornal, informe web, etc, etc), liberdade de imprensa é sinônimo de interesse do ‘chefe da empresa’. Aliás, todas as matérias jornalísticas, desde a manchete, até o pequeno parágrafo, no canto da última página, tudo mesmo é determinado pelo ‘cabeça’, que conduz o que chama “linha da empresa”, (aqui na redação é a mesma coisa). Se falam o contrário disso por aí é mentira, ilusão mesmo.Aqui no Jornal O Resumo sou eu que vejo se "vai ou não vai" para a "prensa", mas não com a intenção de matérias que me tragam beneficio próprio, e sim algum erro na notícia redigida. Em outros veículos é muito diferente.
 
Nem vou relatar aqui o que já presenciei de extorsão, troca de favores, alterações de textos, etc e tal, nas 'senhoras empresas de comunicação'. Aqui na minha região, inclusive, existe um termo bastante conhecido, principalmente entre repórteres, que é o “molhar a mão”, que quer dizer receber algum dinheiro (às vezes, uns trocados mesmo, o que envergonha ainda mais a classe), ou então: 

"Não se fala dele até ele dar algum "capilé" para fazer uma determinada entrevista, ou matéria “especial”. - diz o diretor do veiculo de comunicação ou o dono.

A expressão é bastante 'utilizada' entre políticos, que, em tempos de campanha eleitoral, ou em momentos ‘complicados’ de carreira, são diretos, e oferecem “molhar a mão” dos profissionais de comunicação, se fosse o próprio repórter que fosse ganhar seria bom, mas não, quem ganha são os donos somente. Eu já recebi este tipo de proposta, quando era gerente geral de uma emissora aqui da região, mas quem ganhou foi o dono.

Outro arte manha que se usa em todo o mundo, e aqui também, é que, se falar coisa negativas do prefeito é chamado no gabinete para um "Jabá", se falar bem do prefeito não se é chamado para conversar no gabinete para receber um agrado( rsss, se é que me entendem..) Somente é chamado para receber um agrado quem fala negativo e queima a imagem do prefeito, ai depois que o "Jabá" entrou nada mais se fala negativo da prefeitura naquele veiculo de comunicação. 
  
Como qualquer ser humano, também o proprietário de um jornal, ou canal de televisão, blog ou rádio, tem seus princípios, sua pirâmide de valoração. E é por esses caminhos (conhecidos dele) que conduz o meio de comunicação que tem nas mãos. Por outro lado, cada funcionário dele enxerga e pensa de forma diferente. A realidade é que todo meio de comunicação é corruptível - senão hoje, ontem já se deixou corromper, desviando o foco de uma informação pública importante, e/ou deturpando os fatos, tendo barganhado, com isso, alguma(s) vantagem(s) - bem maior(es), provavelmente, da imaginada por você amigo leitor de todos os dias.

Por isso, é muito complicado falar de liberdade de imprensa, quando sabemos, todos nós, profissionais da área, que ela não existe. Tive um colega de que sempre dizia que, naquele jornal, a liberdade de imprensa tinha nome, e citava (claro!) o nome completo do proprietário, sem esquecer o Dr., na frente. 
É até engraçado lembrar disso, mas é com tristeza que percebo a liberdade de imprensa afastar-se cada vez mais dos nossos meios de comunicação, deixando-nos sem voz, nem vez. Eu não sou assim, alguns me chamam de "Otário", outros admiram, mas as vezes temos que entrar nessa sujeira para mantermos o veiculo, pagar pessoas, contas, mas prefiro seguir minha linha e deitar a cabeça no travesseiro em paz. Políticos ou prefeitos devem aprender que veiculo bom é o que tem audiência e qualidade, utilizem esses meios de comunicação para combater quem fala coisas negativas e não pagar ao que fala contra para que pare de falar.

Tenha certeza: neste espaço, tudo o que comunico é meu exercício de liberdade, construída e estruturada, a partir do que tive acesso tomar conhecimento, para, depois, então, elaborar conscientemente.

Quando você ler, assistir, ou escutar uma reportagem, em outro meio de comunicação, questione. As vezes ela esta comprada.

Bom dia dia sem "Jabá", rssssss, e um lindo final de semana.

MOMENTO PARA PENSAR DE HOJE
Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho.
Provérbios 20:17

MOMENTO PARA REFLETIR DE HOJE
Parábola: Uma porta fechada pode ser um bom sinal

Ariel Villanova
O seu amigo de todos os dias