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Dilma continua e Pezão e o Governador do Rio

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), 59, foi reeleito para mais um mandato à frente do Executivo fluminense. Este será o terceiro mandato seguido de um político do PMDB no governo do Estado.

Ele derrotou o senador Marcelo Crivella (PRB), que havia superado o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR) no primeiro turno compouco mais de 42 mil votos.

O ex-prefeito de Piraí, cidade no sul do Estado, vai governar uma população estimada em 16,4 milhões de pessoas distribuídas entre 92 municípios, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Desde o início da campanha, o governador eleito apresentou trajetória ascendente nas pesquisas. Pezão saiu do terceiro lugar, com 15% das intenções de votos, no primeiro levantamento do Ibope em 30 de julho, e chegou ao segundo turno com 40,57% dos votos e uma vantagem de aproximadamente 1,6 milhão sobre o segundo colocado.

No segundo turno, Pezão recebeu apoios de peso, como o do ex-jogador de futebol Romário (PSB) que venceu a disputa pelo Senado, e se aliou a nove de dez prefeitos do PT no Estado e a cinco dos seis deputados eleitos pela sigla. A presidente Dilma Rousseff (PT) esteve em seu palaque, assim como no de seu adversário.

O tiroteio entre os concorrentes também ficou mais pesado. Crivella chegou a chamar Pezão de "Penóquio", insinuando que o adversário mentia e, por isso, tinha o pé grande. No primeiro turno, a participação de Pezão nos mandatos anteriores foi bastante criticada.

Um dos escândalos relembrados foi o episódio em que Sérgio Cabral e parte de seu secretariado foram fotografados em confraternização com o alto escalão da construtora Delta durante uma viagem a Paris. O episódio foi minimizado por Pezão. "Era um momento de festa, alguns secretários se excederam. Acho que a gente tem que registrar também as conquistas que tivemos dentro do governo", disse.

Pezão, por sua vez, atacou a ligação de seu adversário com a Igreja Universal do Reino de Deus. O peemedebista acusou Crivella de ser instrumento da igreja para tentar controlar o Estado -ele é bispo licenciado e sobrinho do líder da instituição, Edir Macedo. Para reforçar sua posição, ele exibiu um vídeo de 1995 que mostra Macedo ensinando os pastores a arrecadar contribuições dos fiéis.

No primeiro turno. Pezão teve oito minutos e 57 segundos de tempo de propaganda graças a sua coligação composta por 18 partidos. Sua candidatura também teve números expressivos em gastos (R$ 13,6 milhões) e em arrecadação (R$ 13 milhões) segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para ser ter uma ideia, Crivella declarou gastos de R$ 1,5 milhão e arrecadação de R$ 787 mil.

Bandeira das UPPs

Na área da segurança pública, um dos temas mais explorados durante a campanha, Pezão defendeu a continuidade da política das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e prometeu dobrar o número de unidades até 2018. Criado em 2008, o projeto soma 38 unidades no Estado.

As estatísticas do ISP (Instituto de Segurança Pública) mostram que, de janeiro a junho deste ano, mais de 2.700 pessoas foram assassinadas no Estado. Foi o primeiro semestre mais violento desde 2009, em números absolutos.

A segurança pública é o tema que mais preocupa os internautas cariocas e fluminenses do UOL que participaram da ferramenta "Sua Avaliação" (avaliação contínua dos Estados). Uma pesquisa Datafolha publicada em agosto apontava que, para 70% dos moradores da capital fluminense, o projeto das UPPs deveria sofrer mudanças.

"Tocador de obras"

Natural de Piraí, Luiz Fernando de Souza é formado em economia e administração de empresas. Iniciou a carreira política em seu município de origem, onde foi duas vezes vereador e duas vezes prefeito.

No período como vice-governador, exerceu também o cargo de coordenador de Obras do Estado. Em sua apresentação para os eleitores, classificou-se como um "tocador de obras" e buscou reforçar a imagem de um político desenvolvimentista.




A presidente Dilma Rousseff (PT) se reelegeu neste domingo (26) derrotando o candidato Aécio Neves (PSDB) em uma das campanhas mais acirradas que o país já viveu. Com o resultado, Dilma comanda o país por mais quatro anos, estendendo o governo do PT para 16 anos. Com 98% das urnas apuradas, Dilma tem 51,38% e Aécio 48,62%.

Alvo de críticas por conta de escândalos que ligam o PT a casos de corrupção, Dilma destacou em sua campanha programas como o Pronatec e o "Minha Casa, Minha Vida" para conquistar o voto dos eleitores brasileiros. A presidente repetiu o bom desempenho do primeiro turno no Nordeste e venceu Aécio também em estados de grande eleitorado como Minas Gerais e Rio de Janeiro.



A eleição foi para segundo turno,após em primeiro turno, no último dia 5, Dilma Rousseff (PT) somar 41,59% dos votos contra 33,55% de Aécio Neves (PSDB).

Nascida em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947, Dilma já militava aos 16 anos. Jovem, entrou na luta armada contra a ditadura militar. Em 1970, acabou sendo presa pelos militares e passou por sessões de tortura. Dilma ficou quase três anos presa. Ao ser solta, ela seguiu para Porto Alegre, onde se formou em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

No sul, ela aumentou sua participação na política. Ajudou a fundar o PDT em 1980 e permaneceu no partido até 2001, quando entrou no PT. Dilma ganhou destaque durante a campanha presidencial de 2002, com a eleição de Lula, e a partir de 2003 comandou a pasta de Minas e Energia. Em 2005, depois do escândalo do mensalão, ela assumiu o lugar de José Dirceu na Casa Civil.

Da Casa Civil, Dilma saiu para a presidência, seu primeiro cargo eletivo. Contra José Serra, se elegeu no segundo turno, com 56,05% dos votos válidos, se tornando a primeira mulher presidente do Brasil. Ao tomar posse em janeiro de 2011, fez discurso em que disse: ""Meu compromisso supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos! (...) A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos".